O que é BIM e por que é tão importante para o mercado de arquitetura?

O que é BIM

Vivemos na era digital e aquele ar de transição já se dissipou e deu lugar a uma massa de ar rica em eletrodos e conexões. Diversas bases tecnológicas como BIM (Building Information Modeling), impressão 3D, internet 5G, computação gráfica, Internet das Coisas, entre outras já estão disponíveis e os efeitos sobre o mercado da arquitetura já são evidentes. A tecnologia tem transformado a maneira como projetamos, construímos e gerenciamos edificações. E uma das maiores revoluções nos últimos anos é o BIM - Building Information Modeling. Mas, afinal, o que é BIM e por que ele é tão importante para o mercado de arquitetura? Vamos descobrir.

Resumindo a citação de Eastman em seu consagrado livro “BIM Handbook: A Guide to Building Information Modeling for Owners, Managers, Designers, Engineers and Contractors”, o BIM é uma tecnologia de modelagem e um conjunto associado de processos para produzir, comunicar e analisar modelos de informações de construção. Portanto o BIM é uma metodologia de trabalho que permite a criação de modelos digitais tridimensionais de uma construção, conhecidos como gêmeos digitais, incorporando informações precisas sobre suas características físicas e funcionais.

Observando o histórico do setor, o BIM é uma evolução do desenho assistido por computador (CAD) assim como este último foi uma evolução do desenho na prancheta. Além disso é ao mesmo tempo uma porta exponencial para novas possibilidades. O que diferencia o BIM do CAD, de um modo prático e resumido, é a existência do parâmetro, que é o elemento que possibilita a conexão do seu modelo com diversas aplicações ao mesmo tempo e isso potencializa e muito a mesa de trabalho do arquiteto, do construtor e até do cliente. E é por isso que “o arquivo” onde trabalha-se sobre o projeto chama-se modelo e não desenho.

Podemos citar como exemplo a simulação de ensolejamento sobre a edificação, de consumo energético, orçamento detalhado, ou simulação visual de cronograma de obra. Dentro do ambiente do projetista da arquitetura as ferramentas BIM podem contribuir para um aumento significativo na produtividade e na qualidade dos projetos logo no início. Os ganhos observados na Urbe Space foram a geração rápida de desenhos técnicos de melhor qualidade, aumento na capacidade produtiva da equipe e aumento na liberdade estética dos projetos ao trabalhar o 3D integrado com outras informações.

BIM e o mercado de arquitetura

Mas o BIM vai além da boa representação gráfica e da simulação. Também pode ser uma ferramenta poderosa para a gestão de projetos, coordenação e compatibilização, fabricação de peças, pois permite a integração de todas as informações relevantes e disciplinas da construção em um único modelo, facilitando a tomada de decisões e a coordenação entre as diferentes disciplinas e agentes envolvidos.

Em uma excelente pesquisa realizada pelo SIENGE e pela (ABDI Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) com o objetivo de identificar a adoção do BIM no Brasil, podemos observar o mapeamento da maturidade da tecnologia e seus desdobramentos. Foram entrevistados mais de 400 empresas e profissionais entusiastas da Metodologia BIM dos segmentos de construção, incorporação, serviços de gerenciamento e escritórios de projetos de engenharia e arquitetura, sendo este último grupo responsável por 60% das respostas. O percentual de microempresas com até 20 colaboradores corresponde a 43,1% do total.

Segundo o relatório, 48% apontam a capacitação dos profissionais como principal desafio na utilização do BIM, 59% se autoavaliam em níveis iniciais de maturidade e apenas 12% possuem procedimentos acessíveis aos funcionários para aplicação diária. Apesar dos números apontarem para um crescimento no uso e na maturidade do BIM no Brasil, ainda estamos muito atrás de mercados como a Ásia e EUA.

A Urbe Space oferece como serviço a entrega da etapa do projeto executivo de arquitetura em BIM completo, facilitando o acesso das empresas e profissionais brasileiros à plataforma. Com o DRAWtoBIM, é possível ter um projeto detalhado, rico em informações e em conformidade com os mais altos padrões de qualidade e sem a necessidade de investir em softwares e computadores caros ou em treinamento especializado para a equipe.

Agora observe esses dados. 67% dos respondentes da pesquisa mencionada afirmam que não utilizam efetivamente um ambiente de dados em comum em seus processos BIM. Esse indicador combina com os 56% que não possuem um planejamento factível para a estruturação de um Plano de Implementação BIM e com os 59,4% que se declararam entre os níveis 0 e 1, onde a maturidade é definida pela produção de desenhos 2D e 3D, com arquivos de projetos não compartilhados digitalmente e onde não há um modelo unificado para o gerenciamento de informações. Ou seja, o mercado brasileiro ainda é muito imaturo e isso não é por acaso. Além de fatores mercadológicos, políticos, econômicos, observamos os altos custos que envolvem a correta implantação para o aproveitamento das reais vantagens da adoção do BIM.

Soluções em BIM

O DRAWtoBIM é uma solução criada para ajudar os arquitetos brasileiros a desfrutarem dos benefícios do BIM, sem os custos diretos e indiretos da implantação. O serviço se encaixa perfeitamente no fluxo de trabalho de qualquer profissional ou empresa e surge como uma alternativa para um mercado cada vez mais concorrido e exigente. Acreditamos que com essa inovação podemos ajudar a aumentar a produtividade do ramo no Brasil, sem perder o foco na qualidade dos projetos e reduzindo custos.

É claro que ter ganhos expressivos na qualidade e no tempo necessário para elaborar os projetos a um custo acessível é vantajoso. Mas há outro ponto de vista a ser compreendido. Segundo a pesquisa "The Business Value of BIM in Europe", também da McGraw Hill Construction, 71% dos entrevistados no velho continente relataram que o BIM lhes permitiu oferecer projetos mais bem-sucedidos. 76% relataram que o BIM melhorou a capacidade de reter clientes e 63% observaram aumento na capacidade de mostrar valor. Isso significa que a adoção do BIM pode elevar o nível do seu negócio, lhe permitindo ir mais longe.

Por outro lado, 50% dos entrevistados relataram entregar seus projetos com custos abaixo do previsto e 43% antes do prazo. O que se observa aqui é um aumento da eficiência no setor como um todo, portanto, adotar o BIM não é mais uma opção, mas uma necessidade para se manter competitivo. Outro dado interessante é que 49% das empresas já estão utilizando o BIM para expandir novos mercados e 42% já estão oferecendo novos serviços. Em mercados mais avançados fala-se mais abertamente da integração do BIM com outras ferramentas tecnológicas também poderosas, de modo a potencializar a produtividade e consequentemente a qualidade das construções contribuindo assim com um impacto positivo para o desenvolvimento sustentável.

Não é de hoje que sabemos que a produtividade geral em outros países é maior do que no Brasil. De um modo geral, um arquiteto aqui inicia sua vida no mercado com um nível de conhecimento profissional inferior a um arquiteto formado nos EUA, por exemplo, além de encontrar inúmeras dificuldades na busca por uma oportunidade ou tentando empreender. Tudo isso nos leva a um cenário onde a criatividade e a inovação acabam compensando essa diferença. Uma vez reconhecida esta realidade, surgem não muito mais que um par de opções no horizonte em relação ao BIM: investir capital financeiro e intelectual na implantação da plataforma para tentar se equiparar à concorrência acirrada ou buscar alternativas como contratar uma empresa especializada, economizando tempo e dinheiro.

Conclusão sobre o mercado de arquitetura e BIM

Este não é um veredicto final, mas um alerta para as rápidas e constantes mudanças que afetam o mercado e consequentemente as receitas dos negócios de arquitetura. É preciso admitir que apesar do BIM ter chegado para otimizar o ambiente de trabalho, ele requer em troca investimentos consideráveis, portanto não causou uma adesão generalizada. Da mesma forma, mais recentemente, a Inteligência Artificial chega com uma proposta revolucionária. No entanto, a adesão entre profissionais da área se mostra tímida, sendo desbravada por poucos aventureiros, em sua grande maioria no exterior. O mesmo ocorreu com a plataforma CAD na época, que teve uma adesão gradual ao longo do tempo, chegando a se popularizar apenas após os computadores pessoais. A indústria da construção civil desponta como uma das menos digitalizadas. Todavia os dados indicam uma constante crescente na adesão.

Pensar em adotar o BIM não é mais uma questão de “se deve ser feito” e sim de “quando deve ser feito”. É uma estratégia ao mesmo tempo de sobrevivência, mas também de expansão de possibilidades, para quem quer ir além. O BIM está para a arquitetura, assim como a arquitetura está para a construção. O grande lance aqui é se posicionar corretamente para surfar nas vantagens que a tecnologia oferece, levando seu trabalho para o próximo nível, ao passo em que encanta seu cliente e aumenta a lucratividade. E o DRAWtoBIM é uma porta de acesso a esse mundo. Conte com a Urbe Space para ir mais longe.